O não cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2018, que estabelecia o fechamento definitivo dos lixões até 2024, foi destacado no relatório. O documento ressalta que o gerenciamento de resíduos no Brasil está longe de atender as diretrizes estabelecidas pela PNRS, apesar de um pequeno avanço em relação a 2022, quando o percentual de destinação adequada foi de 57%.
Em média, cada brasileiro gerou 1,047 quilos de resíduos sólidos urbanos por dia em 2023, resultando em mais de 221 mil toneladas ao longo do ano em todo o país. O Sudeste foi a região que mais gerou resíduos, representando 49,3% do total, seguido pelo Nordeste com 24,7%. No total, 75,6 milhões de toneladas de resíduos foram coletadas em 2023, sendo que 93,4% tiveram alguma forma de destinação adequada.
Em relação à reciclagem, apenas 8% dos resíduos secos são encaminhados para esse processo. Em 2023, mais de 6,7 milhões de toneladas foram destinadas à reciclagem, sendo a maioria realizada por coletores informais. As despesas com o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos chegaram a R$ 34,7 bilhões no último ano, com 386 mil pessoas empregadas no setor.
O relatório destaca a importância de priorizar soluções que tenham um impacto significativo no gerenciamento de resíduos sólidos urbanos, além de estimar os custos e investimentos necessários para implementar e manter essas soluções. A situação dos resíduos sólidos no Brasil requer uma abordagem urgente e eficiente para garantir a preservação do meio ambiente e da saúde pública.