O CNDI, presidido pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, é composto por representantes de 20 ministérios, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de 21 entidades da sociedade civil. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado por Alckmin, não divulgou o conteúdo completo da moção, mas ressaltou que a decisão do Banco Central prejudica o crescimento econômico, o investimento produtivo e a geração de emprego e renda no país.
Além do CNDI, o setor produtivo também se mostrou crítico em relação à elevação da Taxa Selic. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou a medida “incompreensível” e “injustificada”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, classificou essa decisão como uma “surpresa”, embora tenha destacado que o mercado financeiro já previa esse aumento nos juros básicos.
O Copom justificou a elevação da Selic além do previsto devido às incertezas externas e aos ruídos causados pelo pacote fiscal do governo. O órgão anunciou que pretende elevar a taxa Selic em mais 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Vale ressaltar que esses encontros serão liderados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Dessa forma, a decisão do Copom continua gerando debate e críticas por parte de diversos setores da sociedade, enquanto o governo se prepara para enfrentar os desafios econômicos que se apresentam. A reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, presidida por Alckmin, será mais um espaço para discutir as políticas públicas e diretrizes de governo, com foco em desenvolvimento sustentável, indústria e transição energética.