Entre as localidades identificadas como fonte do ouro ilegal está a Terra Indígena Munduruku, localizada no Pará. De acordo com as investigações, o metal precioso tinha como destino tanto o exterior quanto diversos estados brasileiros, revelando a amplitude das atividades ilegais.
A Polícia Federal já cumpriu 19 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão em diferentes estados, incluindo São Paulo, Pará, Paraná, Roraima, Amapá e Goiás. Além disso, mais de R$ 615 milhões em bens e valores suspeitos foram apreendidos durante a operação, demonstrando a complexidade e o alcance das atividades ilícitas.
Durante um ano de investigações, as autoridades constataram que aproximadamente uma tonelada de ouro foi transportada de maneira ilegal, com uma movimentação financeira superior a R$ 4 bilhões entre os envolvidos no crime, incluindo indivíduos e empresas fantasmas. Os investigadores também revelaram que os membros da organização criminosa recrutavam principalmente estrangeiros para transportar bagagens carregadas com ouro em voos comerciais.
A Operação Flygold II representa mais um passo importante no combate ao crime organizado e à exploração ilegal de recursos naturais, evidenciando a necessidade de ações enérgicas por parte das autoridades para proteger o patrimônio ambiental e cultural do país.