BRASIL – Ataque em presídio na Bahia resulta na fuga de 16 detentos armados com fuzis em ação inédita na região

Na madrugada de sexta-feira (13), as forças policiais da Bahia intensificaram as buscas para recapturar os 16 presos que fugiram do complexo penal de Eunápolis, localizado a 650 quilômetros ao sul de Salvador. A fuga aconteceu por volta das 23h de quinta-feira (12) após um ataque realizado por um grupo armado com armas de grosso calibre, incluindo fuzis. De acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap), os detentos conseguiram escapar depois que os criminosos conseguiram ingressar na área do presídio e abrir duas celas.

O complexo penal de Eunápolis opera em regime de cogestão entre o estado e a empresa privada Reviver, e os funcionários da empresa foram os responsáveis por acionar a Polícia Civil após a fuga dos presos. A Seap está colaborando com as autoridades policiais para fornecer todos os detalhes necessários para a investigação e esclarecimento das circunstâncias que levaram à fuga dos detentos.

Com um total de 269 presos, sendo 237 em regime fechado, o presídio de Eunápolis viu-se diante de uma situação de extrema gravidade com a fuga dos 16 detentos. A Secretaria da Segurança Pública informou que as forças policiais atuam de maneira integrada para recapturar os fugitivos e que a Polícia Civil está encarregada de investigar a ocorrência.

Em entrevista à imprensa, o presidente da Reviver, Odair Conceição, destacou a inédita violência do ataque ao complexo penal, ressaltando que o episódio foi marcado por um aparato bélico surpreendente. Apesar de não terem sido registrados feridos durante a fuga, a empresa considera o ocorrido como um dano terrível e alerta para o perigo que os fugitivos representam para a sociedade.

O presidente enfatizou a atuação dos funcionários da empresa, que passam por treinamentos específicos para lidar com situações de crise como essa. Ele ressaltou que a segurança pública intensificou as medidas de proteção na unidade prisional, incluindo o reforço no contingente policial presente no local.

O modelo de cogestão adotado no presídio de Eunápolis prevê uma divisão clara de responsabilidades entre o poder público e a empresa privada. Enquanto o estado se encarrega da execução penal, segurança e classificação dos presos, a empresa é responsável por atividades como a assistência material, social, jurídica e de saúde aos detentos. A cogestão visa aperfeiçoar a gestão prisional e garantir uma abordagem multidisciplinar no tratamento dos internos.

Diante da gravidade da situação, as autoridades competentes estão empenhadas em recapturar os presos evadidos e esclarecer as circunstâncias da fuga no complexo penal de Eunápolis. Medidas rigorosas estão sendo tomadas para garantir a segurança da comunidade e reforçar a vigilância no sistema prisional baiano.

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