BRASIL – Petróleo deve se tornar principal produto da pauta exportadora brasileira em 2021, aponta Instituto IBP, com previsão de US$47 bilhões em exportações.

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) divulgou uma notícia impactante nesta segunda-feira (16). Pela primeira vez desde que a série histórica teve início em 1997, o petróleo está emergindo como o principal produto da pauta exportadora brasileira. Com um total de US$ 42,8 bilhões exportados em petróleo até novembro, o Brasil superou a soja e o minério de ferro nesse aspecto. A estimativa é que o valor total das exportações de petróleo alcance US$ 47 bilhões até o final do ano.

Esse aumento significativo nas exportações de petróleo está diretamente ligado ao crescimento da produção no país. O IBP projeta que a produção de petróleo atinja 3,6 milhões de barris por dia até 2025, em comparação com os atuais 3,4 milhões de barris por dia. Esse aumento é resultado de investimentos no pré-sal e da implementação de FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência).

Além disso, a expectativa é que o setor de petróleo e gás gere quase R$ 600 bilhões em royalties, participações especiais e comercialização de óleo pertencente à União nos próximos quatro anos. O Brasil se destaca como o oitavo maior produtor de petróleo e o nono em capacidade de refino no mundo. O setor de óleo e gás contribui com 17% do PIB industrial brasileiro e atende a 45% da demanda interna por energia.

No cenário internacional, a geopolítica desempenhará um papel fundamental na discussão dos fluxos energéticos, com destaque para eventuais conflitos que possam impactar a importação e exportação de petróleo. A gerente de análises técnicas do IBP ressalta a importância de acompanhar de perto os indicadores econômicos dos Estados Unidos e da China, principais consumidores mundiais de petróleo.

Além disso, novas áreas de exploração estão sendo exploradas, como a Bacia de Pelotas e a Margem Equatorial. A Petrobras, em parceria com a Shell, assinou contratos para exploração da Bacia de Pelotas, enquanto a Margem Equatorial pode adicionar mais de um milhão de barris de petróleo por dia à produção nacional a partir de 2029.

Portanto, o mercado de petróleo no Brasil está em constante evolução, com projeções positivas para o futuro e um papel crucial na economia nacional e no cenário energético global.

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