Entre os fatores apontados para essa desaceleração estão o ciclo de alta de juros promovido pelo Banco Central (BC), a evolução mais lenta na criação de empregos e a redução do impulso fiscal. O superintendente de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, ressaltou a importância do crescimento sustentado nos próximos anos, destacando o papel do investimento e das reformas recentes na economia.
Para o mercado financeiro, a CNI projeta uma taxa Selic de 12,75% ao ano ao final de 2025, e acredita que o dólar terá uma queda ao longo do próximo ano, atingindo uma taxa de câmbio média de R$ 5,70. A expectativa é que o governo consiga aprovar parte do pacote de corte de gastos e realizar uma reforma do Imposto de Renda, o que contribuiria para a redução do câmbio e da inflação.
No que diz respeito às contas públicas, a entidade prevê uma aprovação de 70% a 80% das medidas propostas pelo governo para redução de gastos obrigatórios, o que resultaria em uma economia de cerca de R$ 22 bilhões em 2025. No entanto, mesmo com essas medidas, a CNI estima que o déficit primário encerrará o próximo ano em R$ 70,2 bilhões, e a dívida pública bruta deve subir para 81,9% do PIB.
Apesar dos desafios, a confiança na recuperação econômica e na manutenção da estabilidade fiscal é evidente nas projeções da CNI, que acredita em um cenário favorável para a economia brasileira nos próximos anos.