Além do crescimento na produção, as importações, o consumo aparente e as vendas internas também registraram um aumento de 24,4%, 9,6% e 8,7%, respectivamente, revelando um cenário positivo para o setor siderúrgico no país. A expectativa é de que até o final de dezembro, a produção alcance a marca de 33,7 milhões de toneladas.
No entanto, nem todos os indicadores foram tão positivos. As exportações de aço apresentaram uma queda significativa de 18,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 8,8 milhões de toneladas. Esse dado ressalta a necessidade de um maior foco no mercado internacional para impulsionar o setor.
Durante uma coletiva de imprensa, o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello, destacou a contribuição positiva de setores importantes, como o automotivo, que registrou um aumento de 12,1%, e o de máquinas e equipamentos e construção civil, com variações de 1% e 4,1%, respectivamente.
Um dos pontos abordados por Mello foi a situação da China, que vem dominando as exportações globais de aço e gerando preocupações relacionadas a práticas predatórias no mercado. O presidente também ressaltou a importância da transição energética, destacando que a indústria de aço e ferro é responsável por apenas 4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil.
Para tornar viável essa transição para uma energia mais limpa, Mello mencionou a necessidade de investimentos significativos, apontando que a indústria de aço precisaria de aproximadamente R$ 180 bilhões. Ele também citou exemplos de outros países, como os Estados Unidos, que estão buscando soluções inovadoras para a descarbonização do setor siderúrgico.
Diante desse panorama, fica evidente a importância de medidas estratégicas e investimentos para impulsionar ainda mais o setor siderúrgico no Brasil, tornando-o mais competitivo e sustentável no cenário global.