O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 6,267, representando um aumento de R$ 0,172 (+2,82%) em apenas um dia de negociações. Sem intervenções do Banco Central, a cotação iniciou em torno de R$ 6,11 e chegou a desacelerar pela manhã, mas disparou após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a flutuação da moeda norte-americana.
A partir das 15h, a cotação do dólar acelerou ainda mais em resposta à decisão do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que cortou as taxas básicas da maior economia do mundo em 0,25 ponto percentual. O comunicado do Fed indicou uma postura mais cautelosa para o próximo ano, levantando dúvidas sobre novos cortes.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou em 120.772 pontos, representando uma queda de 3,15% e registrando o menor nível desde junho. A decisão do Fed também impactou os mercados internacionais, com o Dow Jones caindo 2,2% na bolsa de Nova York.
A alta das taxas nos Estados Unidos, atualmente entre 4,25% e 4,5% ao ano, tem incentivado a fuga de capitais de mercados emergentes, pressionando o dólar e a bolsa no Brasil. A incerteza em relação à aprovação do pacote fiscal no Congresso também contribuiu para o clima de nervosismo nos mercados financeiros.
A Câmara dos Deputados aprovou um dos projetos do pacote de corte de gastos obrigatórios na última noite. A votação do restante do pacote estava prevista para ocorrer no dia seguinte, porém, a sessão ainda não havia iniciado até o final da tarde. A expectativa é de que as discussões em torno das medidas fiscais continuem influenciando os mercados nos próximos dias.