A decisão do STM foi baseada no entendimento de que os homicídios cometidos pelos militares foram culposos, e não dolosos, como havia sido sentenciado anteriormente pela primeira instância da Justiça Militar. A pena do tenente Ítalo da Silva, responsável pela operação, foi reduzida de 31 anos para três anos e sete meses, enquanto outros sete militares tiveram suas condenações reduzidas de 28 anos para três anos.
Essa decisão gerou críticas por parte de familiares e da sociedade em geral, que esperavam por uma punição mais severa para os responsáveis pelas mortes de Evaldo e Luciano. Em contrapartida, a Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo para o pagamento de indenização às famílias das vítimas. A mãe de Luciano Macedo receberá R$ 493 mil, suas três irmãs receberão R$ 123,2 mil cada, além de uma pensão vitalícia atrasada no valor de R$ 21,7 mil, despesas com o funeral de R$ 3,5 mil e honorários advocatícios de R$ 76,4 mil.
Espera-se que um acordo semelhante seja fechado com os familiares de Evaldo Santos, de forma a garantir alguma forma de reparação para as famílias das vítimas. Ainda assim, a redução das penas dos militares levanta questionamentos sobre a efetividade e a justiça do sistema de punição no Brasil, especialmente quando se trata de casos envolvendo agentes do Estado.