De acordo com os dados levantados, 21% dos entrevistados admitiram ter parado de jogar, enquanto 45% afirmaram que a qualidade de vida deles ou de suas famílias foi afetada devido às apostas. Além disso, 41% revelaram que o dinheiro destinado às apostas impactou em outros compromissos financeiros, como compra de comida, pagamento de contas, entre outros.
O especialista em Gestão de Políticas Sociais e consultor da CNF, Marcelo Garcia, ressaltou a importância desses dados, afirmando que o problema das apostas pode ser reduzido e que é fundamental discuti-lo e enfrentá-lo antes que cause um impacto ainda maior no endividamento e na desagregação das famílias.
Um aspecto preocupante revelado pela pesquisa é a falta de confiança dos brasileiros nos sites de apostas. Cerca de 85% das pessoas afirmaram ter pouco ou nenhum nível de confiança nesses sites. A avaliação dos sites também foi negativa, com 57% considerando-os “ruins ou péssimos”. O Pix foi apontado como a forma de pagamento mais utilizada, seguido por cartão de crédito, cartão de débito e transferência bancária.
No que diz respeito aos gastos mensais com as apostas, 52% dos jogadores afirmaram gastar entre R$ 30 e R$ 500, enquanto 14% gastam até R$ 30 e 12% mais de R$ 500. O futebol se destaca como a modalidade mais popular, abrangendo 60% das apostas realizadas. A pesquisa serve como um alerta para a necessidade de se discutir e buscar soluções para os problemas relacionados às apostas esportivas online no Brasil.
