No que diz respeito aos financiamentos destinados à geração de energia eólica, as taxas foram reduzidas de 8% para 6,5% ao ano, acompanhadas de um aumento no prazo de pagamento, que passou de 16 para 24 anos. Essa mudança foi muito esperada pelo setor, que enfrentava dificuldades para deslanchar investimentos e impulsionar a produção nas fábricas, dada a complexidade da cadeia produtiva.
Segundo o Ministério da Fazenda, a diminuição dos juros para a energia eólica teve como objetivo principal tornar as condições de financiamento mais adequadas às particularidades dos projetos nesse setor, que geralmente possuem um retorno de investimento mais prolongado.
Por outro lado, os financiamentos voltados para a energia solar sofreram um aumento nas taxas, passando de 8% para 9,5% ao ano. Essa decisão foi embasada na avaliação de que o setor já estava consolidado e menos dependente de incentivos para manter a atratividade dos financiamentos.
Além disso, para os financiamentos direcionados ao desenvolvimento urbano sustentável, indústria verde, logística de transporte, transporte público sustentável, mobilidade verde e serviços e inovações verdes, os juros também foram ajustados de 6,15% para 6,5% ao ano.
É importante ressaltar que o Ministério da Fazenda garantiu que as mudanças não acarretarão em despesas adicionais para o Tesouro Nacional, uma vez que os financiamentos do Fundo do Clima são reembolsáveis e o risco de inadimplência é totalmente assumido pelas instituições financeiras. A motivação por trás dessas atualizações é alinhar as condições dos financiamentos do Fundo do Clima com o cenário macroeconômico atual.
Dessa forma, as alterações nas condições de financiamento visam fomentar investimentos que contribuam para a diversificação e segurança da matriz energética brasileira, mantendo a competitividade dos financiamentos e a sustentabilidade dos recursos do Fundo Clima, conforme explicou o Ministério da Fazenda.