De acordo com o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña, que geralmente traz fortes chuvas para o Norte e Nordeste do Brasil e secas para o Sul, terá uma duração mais curta. A probabilidade dessas condições persistirem é de 60% entre janeiro e março, diminuindo para 40% entre fevereiro e abril de 2025.
A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, destaca que as previsões climáticas apontam para chuvas abaixo da média em grande parte do país, com exceção da região Norte, onde é esperado um volume acima da média. No Nordeste, a previsão é de chuvas menores entre janeiro e março, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste elas devem ficar dentro ou abaixo da média.
Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média em quase todo o país, Maytê ressalta que no noroeste da Região Nordeste podem ocorrer chuvas mais intensas em alguns momentos, alcançando a média em algumas localidades. Já na região Sul, onde os volumes de chuva já são menores nesta época do ano, as precipitações devem permanecer dentro da normalidade ou abaixo dela.
A regularidade das chuvas nas regiões Norte e Nordeste pode ser comprometida se as atuais condições oceânicas persistirem. A meteorologista alerta que as águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por hidrelétricas e o abastecimento de água.