José Acácio encontra-se detido na delegacia da PF em Foz do Iguaçu e passará por uma audiência de custódia nesta segunda-feira (23). As acusações contra o indígena incluem a organização de manifestações antidemocráticas no final de 2022, em diversos pontos de Brasília, após o resultado das eleições.
Segundo as investigações, ele liderou protestos ilegais realizados no Congresso Nacional, no aeroporto de Brasília e nas proximidades do hotel onde o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se hospedava antes de assumir o terceiro mandato.
José Acácio já havia sido preso em dezembro de 2022, porém, em setembro de 2023, teve a prisão substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica. Após romper o equipamento, ele fugiu para a Argentina.
De acordo com a PF, aproximadamente 60 brasileiros que estavam envolvidos em atos antidemocráticos também fugiram para o país vizinho após quebrarem a tornozeleira eletrônica. A maioria dessas pessoas é investigada por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, considerados golpistas.
O caso de José Acácio é mais um exemplo das repercussões e desdobramentos dos atos antidemocráticos ocorridos no país, e a prisão do indígena representa um avanço nas investigações conduzidas pelo STF e pela PF para punir os responsáveis por atentarem contra a ordem democrática. O desfecho desse caso será fundamental para a manutenção do Estado de Direito no Brasil.