BRASIL – Medidas fiscais aprovadas pelo Congresso devem zerar déficit em 2025, diz vice-presidente Alckmin (PSB) em entrevista à Agência Brasil.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), fez declarações importantes nesta segunda-feira (23) sobre as medidas do pacote fiscal apresentadas pelo Executivo. Mesmo com algumas alterações feitas pelo Congresso Nacional, Alckmin afirmou que as propostas foram amplamente aprovadas, o que deve resultar na eliminação do déficit nas contas públicas até 2025, conforme a meta estabelecida pelo governo.

Durante uma entrevista à Agência Brasil, o vice-presidente ressaltou a importância da aprovação das medidas pelo Congresso, mesmo que tenham ocorrido modificações em relação ao que o governo propôs inicialmente. Segundo Alckmin, essas ações são fundamentais para evitar o déficit e contribuir para a redução dos juros e o crescimento da economia.

Após intensas jornadas de votações na semana passada, que resultaram na aprovação de um pacote legislativo composto por três medidas, incluindo um projeto de lei complementar e uma proposta de emenda à Constituição, o Ministério da Fazenda calculou uma economia de gastos reduzida em R$ 2,1 bilhões. As mudanças feitas pelos parlamentares tiveram impacto no alcance das medidas, que agora devem gerar uma economia estimada em R$ 69,8 bilhões entre 2025 e 2026, abaixo dos R$ 71,9 bilhões inicialmente previstos.

Alckmin também abordou questões relacionadas à inflação e aos juros, destacando que a elevação nos preços dos alimentos, devido à seca na última safra, tem contribuído para pressionar a inflação. O vice-presidente criticou a decisão de aumentar a taxa Selic como forma de combater essa inflação e ressaltou a importância de um cenário favorável para a produção agrícola, que pode impulsionar a economia e gerar empregos.

Além disso, Alckmin mencionou o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que foi assinado recentemente após longas negociações. Ele enfatizou os benefícios comerciais desse acordo e a importância de avançar na internalização do mesmo para impulsionar o comércio exterior e gerar empregos.

No cenário econômico atual, as previsões indicam um aumento da inflação e um crescimento da economia brasileira, apesar das incertezas globais. A alta da taxa Selic e a desvalorização das moedas emergentes foram citadas como fatores que influenciam a economia, mas Alckmin demonstrou otimismo em relação ao futuro, destacando a importância do ajuste fiscal e das perspectivas positivas para o próximo ano.

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