Uma das principais causas para essa piora em relação ao mesmo período do ano passado foi a queda de US$ 1,7 bilhão no superávit comercial, devido principalmente ao aumento das importações. Além disso, os déficits nos setores de serviços e renda primária também contribuíram para o saldo negativo, com acréscimos de US$ 922 milhões e US$ 603 milhões, respectivamente. No entanto, o superávit em renda secundária registrou um aumento de US$ 140 milhões.
No acumulado de 12 meses encerrados em novembro, o déficit nas transações correntes totalizou US$ 52,417 bilhões, equivalente a 2,37% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Esse valor representa um aumento em relação ao déficit registrado no mesmo período do ano anterior.
Apesar da reversão na tendência de redução dos déficits em 12 meses a partir de março deste ano, o Banco Central enfatizou que o déficit externo permanece baixo para os padrões da economia brasileira. Esse saldo negativo é financiado principalmente por capitais de longo prazo, com destaque para os investimentos diretos no país que alcançaram um estoque recorde de US$ 1,4 trilhão.
No que diz respeito à balança comercial e de serviços, as exportações de bens tiveram um aumento de 0,4% em novembro, enquanto as importações registraram uma elevação de 8,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, o superávit na balança comercial totalizou US$ 6,327 bilhões no mês passado.
Em relação aos investimentos diretos no país e empréstimos no exterior, os ingressos líquidos em investimentos diretos atingiram US$ 6,956 bilhões em novembro. Esse resultado é considerado fundamental para cobrir o déficit nas transações correntes e manter a estabilidade econômica do Brasil.
Ao final do mês de novembro, o estoque de reservas internacionais do país alcançou US$ 363,003 bilhões, reforçando a capacidade de suportar eventuais oscilações no cenário econômico global.