Durante todo o dia, a cotação correta do dólar era de R$ 6,15, valor de fechamento do dia 24, quando o pregão funcionou em horário reduzido devido à véspera de Natal. A AGU solicitou informações ao BC para analisar o episódio e esclarecer possíveis inconsistências na informação apresentada pela plataforma digital.
Em nota divulgada na noite do mesmo dia, a AGU afirmou que os dados fornecidos pelo Banco Central serão fundamentais para uma potencial ação da Procuradoria-Geral da União contra o Google. O órgão pediu ao BC a cotação oficial do dia 25, o valor do dólar em outros países na mesma data e se a cotação em outras nações pode influenciar a moeda brasileira em um feriado nacional.
A Taxa Ptax, utilizada pelo BC como a cotação oficial do câmbio no Brasil, não foi determinada naquela quarta-feira devido ao feriado. No entanto, a cotação instantânea e de fechamento dos mercados é determinada por cada corretora, uma vez que o mercado de câmbio é descentralizado e não possui uma entidade controladora.
Apesar da descentralização do mercado cambial, os bancos comerciais, fundos de investimento e dealers têm poder de influência. Além disso, o Banco Central também pode interferir no câmbio por meio da compra e venda de dólares. A empresa Google se absteve de comentar sobre a solicitação da AGU e ressaltou que os dados financeiros exibidos em tempo real na busca provêm de provedores terceirizados globais. A plataforma Google Finanças, responsável pela apresentação dos dados de bolsas de valores e de taxas de câmbio, recebe informações da empresa americana de pesquisa de investimentos Morningstar.
A questão da cotação incorreta do dólar no Google durante o feriado de Natal permanece em aberto, aguardando os esclarecimentos do Banco Central e uma possível atuação da AGU em relação ao buscador. A precisão e a veracidade das informações financeiras veiculadas na plataforma digital continuam sendo tema de debate e investigação pelas autoridades competentes.