A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) teve um acréscimo de 1,71%, passando de R$ 6,748 trilhões para R$ 6,863 trilhões no período analisado. O Tesouro emitiu mais títulos do que resgatou em novembro, com destaque para os papéis corrigidos pela Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. No entanto, o principal fator de variação da dívida foi a apropriação de juros, que alcançou R$ 58,75 bilhões.
A alta do dólar também teve impacto na Dívida Pública Federal externa (DPFe), que subiu 4,78% em novembro, passando de R$ 325,22 bilhões para R$ 340,76 bilhões. O aumento da moeda americana tem sido influenciado por questões como a política monetária dos Estados Unidos e as eleições no país.
Em relação ao colchão da dívida pública, que é uma reserva financeira para momentos de instabilidade, ele cresceu pelo segundo mês consecutivo, atingindo a marca de R$ 856 bilhões. Isso representa uma cobertura de 7,25 meses dos vencimentos da dívida nos próximos 12 meses, que estão estimados em cerca de R$ 1,29 trilhão.
A composição da dívida também apresentou algumas mudanças, com os títulos corrigidos pela Taxa Selic ganhando mais espaço e a participação dos títulos prefixados e corrigidos pela inflação se mantendo estável. A revisão do Plano Anual de Financiamento prevê ajustes nessas proporções para os próximos anos.
No que diz respeito aos detentores da Dívida Pública Federal interna, as instituições financeiras continuam sendo as principais, seguidas pelos fundos de pensão e de investimento. A participação dos não residentes no estoque da dívida aumentou, alcançando o maior nível desde 2018.
Em resumo, a DPF do Brasil continua em trajetória de crescimento, refletindo os desafios econômicos e financeiros enfrentados pelo país. A tendência é que o governo continue monitorando e realizando ajustes para garantir a sustentabilidade da dívida no longo prazo.