Os advogados de defesa alegaram que as acusações contra Braga Netto referem-se a fatos passados, sem justificativa contemporânea para a prisão preventiva. No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da manutenção da prisão, destacando a necessidade de garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal.
A prisão do general Braga Netto foi determinada por Alexandre de Moraes no dia 14 deste mês, com base nas investigações da Polícia Federal que apontaram sua participação na obstrução da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com as autoridades, Braga Netto estaria tentando obter informações sigilosas da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sendo considerado um dos principais articuladores do plano golpista.
Apesar da prisão, a defesa do general negou as acusações de obstrução das investigações. O caso ainda segue em andamento, com desdobramentos aguardados no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República. A repercussão do caso demonstra a gravidade das acusações e a importância das investigações para a manutenção da ordem democrática no país.