BRASIL – Jogadoras do River Plate têm liberdade provisória concedida após incidente de injúria racial contra Grêmio no Estádio Canindé.

Na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) tomou uma decisão importante no caso envolvendo quatro jogadoras do time feminino do River Plate, da Argentina. As atletas, identificadas como Camila Duarte Juana Cángaro, Candela Díaz e Milagros Díaz, haviam sido presas em flagrante por injúria racial durante um jogo contra o Grêmio, em São Paulo, no dia 20 de dezembro.

Após uma semana detidas, o juiz Fernando Oliveira Camargo concedeu liberdade provisória às jogadoras, mediante o cumprimento de medidas cautelares. Elas deverão comparecer em juízo mensalmente para justificar suas atividades e não poderão mudar de endereço sem prévia comunicação ao TJ-SP. Além disso, foi determinado um depósito de R$ 25 mil para eventual indenização à vítima, sob pena de revogação da liberdade provisória.

O caso teve início durante o jogo da Ladies Cup, torneio de futebol feminino, no Estádio Canindé, onde ocorreu uma confusão generalizada no primeiro tempo do confronto entre River Plate e Grêmio. Após o empate em 1 a 1, a volante Candela Díaz foi flagrada imitando um macaco na direção do gandula, o que gerou reações das jogadoras gremistas e resultou em uma discussão entre os times.

Como consequência, seis atletas do River Plate foram expulsas do campo e a partida precisou ser encerrada. Posteriormente, o time argentino foi excluído da competição e das próximas duas edições do torneio. O Grêmio registrou boletim de ocorrência na delegacia, o que levou à detenção das quatro jogadoras argentinas acusadas de insultos racistas.

No sábado seguinte ao ocorrido, as prisões foram convertidas em preventivas e as jogadoras foram encaminhadas para a Penitenciária do Carandiru, onde ficaram detidas mesmo após terem o pedido de habeas corpus negado na última terça-feira. Agora, com a decisão de liberdade provisória, as atletas terão a oportunidade de se defenderem e seguir com o desenrolar do processo judicial.

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