De acordo com boletim médico divulgado no domingo (29), a paciente sofreu uma lesão por arma de fogo na região do crânio e, apesar da redução da sedação, seu estado ainda é considerado delicado. Ela permanece internada no CTI, em ventilação mecânica, sob cuidados da equipe multidisciplinar do hospital.
O incidente que vitimou Juliana ocorreu enquanto ela e sua família estavam a caminho de passar o Natal com parentes em Niterói. O carro em que estavam foi alvejado por disparos dos agentes da PRF na região de Duque de Caxias. Além de Juliana, seu pai, Alexandre, também foi atingido pelos tiros.
O Ministério Público Federal instaurou um Procedimento Investigatório Criminal para apurar os fatos. O procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, solicitou diligências para identificar os policiais envolvidos na ocorrência, afastando-os de suas funções, e para a apreensão das armas utilizadas no episódio.
A Polícia Federal também está investigando o caso, realizando perícia no local e coletando depoimentos dos envolvidos. A PRF, por sua vez, afirmou que todas as denúncias de excessos cometidos por seus agentes são apuradas de forma rigorosa.
O ocorrido aconteceu após a publicação de um decreto pelo governo federal, regulamentando o uso da força em operações policiais. O objetivo é estabelecer diretrizes para evitar a violência policial, determinando que o uso de arma de fogo deve ser o último recurso.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou a importância de as forças policiais agirem de acordo com a lei e darem exemplo de conduta adequada. A PRF reforçou seu compromisso em investigar quaisquer irregularidades e garantir a segurança da população durante suas operações.