A iniciativa também incluía fotos de policiais militares mortos em conflitos, as quais permanecem intactas no local. A Rio de Paz tomou conhecimento do ato de vandalismo através de uma mensagem em uma rede social, onde um seguidor informou sobre o ocorrido.
O fundador da organização, Antônio Carlos Costa, chegou ao local e colocou flores em homenagem às vítimas, expressando a intenção de reconstruir o memorial, incluindo a faixa que também foi levada pelos responsáveis pelo ato covarde. Costa enfatizou a importância de não recuar diante dessa luta, ressaltando a necessidade de resistir à criminalidade que ceifa vidas inocentes nas comunidades mais vulneráveis.
Em um vídeo divulgado pela ONG, Costa fez um apelo ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, solicitando acesso às imagens das câmeras de segurança para identificar os autores do vandalismo. Ele destacou a importância de conhecer quem realizou esse ato devastador, que visa jogar luz sobre a gravidade da situação e lembrar que os direitos humanos não podem ser esquecidos.
A colocação das fotos contra a morte de crianças por balas perdidas aconteceu em um momento de grande comoção pública, seguindo um protesto semelhante realizado em Copacabana há pouco mais de uma semana pela Rio de Paz. O memorial, criado em 2015, homenageava as vítimas fatais desse tipo de violência e contava com placas com os nomes das crianças, agora substituídas pelas fotos usadas no protesto.
Ao todo, 49 fotos foram exibidas, incluindo a de Diego Vieira Fontes, um menino de apenas 4 anos que faleceu juntamente com seus pais em Paty do Alferes no último dia 23. O ato contou com a participação de voluntários, familiares e amigos das vítimas, evidenciando a necessidade de um esforço conjunto para combater a violência e proteger as crianças inocentes que são vítimas desse cenário desolador.