Especialistas alertam para a sensibilidade auditiva dos animais, que é muito maior do que a dos seres humanos. Os cães, por exemplo, conseguem ouvir sons até quatro vezes mais distantes e em frequências mais altas. O barulho repentino e alto dos fogos pode causar medo extremo, pânico e até mesmo dor física nos animais, levando a reações como tentativas de fuga, enforcamento em coleiras e quedas. Em casos extremos, animais com problemas cardíacos ou respiratórios podem até mesmo sofrer colapsos fatais.
Uma pesquisa realizada pelo Grupo Petlove mostrou que a maioria dos animais domésticos tem medo de fogos de artifício e reage de alguma forma. Os tutores relataram que os pets tentam se esconder, se mostram assustados, apresentam tremores e buscam colo dos humanos quando expostos aos ruídos dos fogos.
Além dos animais domésticos, as aves e outros animais silvestres também sofrem com o impacto dos fogos de artifício. Eles são extremamente sensíveis a ruídos altos e podem sofrer ataques cardíacos, abandonar ninhos e perder a orientação de voo, além de terem seus padrões naturais de comportamento alterados.
Pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) e sensibilidade sensorial também enfrentam desafios durante as celebrações com fogos de artifício. O barulho dos rojões pode causar ansiedade, medo e desconforto, levando a reações negativas e até mesmo a hospitalizações. A falta de conscientização e adaptações nessas situações pode agravar o sofrimento dessas pessoas.
Diante desse cenário, campanhas de conscientização contra o uso de fogos de artifício com estalidos estão sendo promovidas em várias regiões, visando tornar as celebrações mais inclusivas e respeitosas. Enquanto as leis e regulamentações estão em discussão, especialistas recomendam medidas preventivas para proteger os animais e pessoas sensíveis durante eventos com fogos de artifício, como criar um ambiente seguro, utilizar terapias comportamentais e medicamentos, e buscar orientação veterinária.
É fundamental refletir sobre o impacto dos fogos de artifício não apenas nos animais, mas também nas pessoas, promovendo celebrações mais conscientes e respeitosas para todos. A conscientização e a empatia são essenciais para garantir que todos possam aproveitar as festividades de fim de ano de forma segura e inclusiva.