No campo do emprego, a taxa de desocupação, também conhecida como desemprego, fechou o trimestre até novembro em 6,1%, o menor índice desde o início da pesquisa em 2012. Isso representa 6,8 milhões de pessoas desempregadas, enquanto o número de ocupados atingiu o recorde de 103,9 milhões. Além disso, o número de pessoas com carteira assinada chegou a 39,1 milhões, o que representa o ponto mais alto da série.
A informalidade ainda afeta o mercado de trabalho, com 38,7% da população ocupada sendo trabalhadores informais. No entanto, houve uma redução em relação ao ano anterior. O rendimento médio dos trabalhadores em novembro foi de R$ 3.285, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior.
No que diz respeito à inflação, o IPCA acumulou 4,87% nos últimos 12 meses até novembro, ultrapassando a meta do governo de 3%. Esse foi o maior acumulado desde setembro de 2023. O IPCA-15, considerado uma prévia do índice oficial, encerrou o ano em 4,71%.
O dólar também teve um comportamento volátil, fechando o ano próximo a uma valorização de 27% em relação ao real. Isso teve impacto direto na inflação, com produtos importados ficando mais caros. Para tentar conter a alta da moeda estrangeira, o Banco Central realizou leilões de dólar.
Como medida para controlar a inflação, o Copom aumentou a taxa básica de juros para 12,25% ao ano. Essa decisão foi influenciada pelo cenário de alta do dólar e dos preços dos alimentos. A variação do PIB, por outro lado, mostrou um crescimento de 0,9% no terceiro trimestre, impulsionado pela indústria e serviços.
Esses indicadores refletem um cenário econômico misto para o Brasil ao longo de 2024, com desafios e oportunidades que serão levados para o próximo ano. O resultado final do PIB será conhecido apenas em março de 2025, trazendo consigo novas perspectivas e desafios para a economia do país.