Haddad recomendou que os esclarecimentos prestados pelo Ministério Gestão e Inovação em Serviços Públicos fossem considerados. Ele contestou a afirmação de que as empresas estatais registraram déficit, argumentando que muitas vezes a contabilidade das estatais difere da contabilidade pública, e que investimentos podem ser erroneamente interpretados como déficit.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, também defendeu que a avaliação da saúde financeira das empresas estatais seja feita com base na contabilidade empresarial. Ela criticou a metodologia utilizada pelo Banco Central, explicando que o resultado apurado mensalmente não considera investimentos realizados com recursos acumulados de anos anteriores.
Segundo Dweck, das 13 empresas listadas na apuração do Banco Central, nove delas registraram lucro e realizaram o pagamento de altos dividendos aos acionistas. Ela ressaltou a importância de avaliar as estatais pelo resultado da contabilidade empresarial, levando em consideração os investimentos realizados.
Apesar disso, a ministra admitiu que três estatais apresentaram prejuízo, incluindo os Correios. Ela destacou a preocupação do governo com a saúde financeira das empresas estatais e mencionou que o presidente Lula assinou um decreto recentemente para discutir a reestruturação dessas empresas visando a melhoria de sua situação financeira.
Diante dessas informações, fica evidente a complexidade da avaliação da situação financeira das empresas estatais e a necessidade de considerar diferentes perspectivas contábeis para uma avaliação precisa e completa. A transparência e a correta interpretação dos dados são essenciais para garantir a eficiência e a sustentabilidade dessas instituições no cenário econômico atual.