BRASIL – Ministro da Fazenda nega déficit recorde em estatais e sugere nova avaliação contábil para compreensão do cenário econômico.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se pronunciou nesta segunda-feira (30) para negar as informações divulgadas pelo Banco Central sobre um déficit recorde registrado por estatais não dependentes do Tesouro. De acordo com um levantamento realizado pelo BC, as 13 empresas estatais apresentaram um déficit de R$ 6,04 bilhões de janeiro a novembro deste ano, o maior valor já registrado desde 2002.

Haddad recomendou que os esclarecimentos prestados pelo Ministério Gestão e Inovação em Serviços Públicos fossem considerados. Ele contestou a afirmação de que as empresas estatais registraram déficit, argumentando que muitas vezes a contabilidade das estatais difere da contabilidade pública, e que investimentos podem ser erroneamente interpretados como déficit.

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, também defendeu que a avaliação da saúde financeira das empresas estatais seja feita com base na contabilidade empresarial. Ela criticou a metodologia utilizada pelo Banco Central, explicando que o resultado apurado mensalmente não considera investimentos realizados com recursos acumulados de anos anteriores.

Segundo Dweck, das 13 empresas listadas na apuração do Banco Central, nove delas registraram lucro e realizaram o pagamento de altos dividendos aos acionistas. Ela ressaltou a importância de avaliar as estatais pelo resultado da contabilidade empresarial, levando em consideração os investimentos realizados.

Apesar disso, a ministra admitiu que três estatais apresentaram prejuízo, incluindo os Correios. Ela destacou a preocupação do governo com a saúde financeira das empresas estatais e mencionou que o presidente Lula assinou um decreto recentemente para discutir a reestruturação dessas empresas visando a melhoria de sua situação financeira.

Diante dessas informações, fica evidente a complexidade da avaliação da situação financeira das empresas estatais e a necessidade de considerar diferentes perspectivas contábeis para uma avaliação precisa e completa. A transparência e a correta interpretação dos dados são essenciais para garantir a eficiência e a sustentabilidade dessas instituições no cenário econômico atual.

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