Os dados foram coletados com base no Cadastro Único de Programas Sociais, que reúne informações sobre beneficiários de políticas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada. A Região Sudeste concentrou a maior parte da população em situação de rua, com 63% do total no país, seguida pelo Nordeste, com 14%.
O Estado de São Paulo se destaca como o que possui o maior número de pessoas vivendo nas ruas, representando 43% do total nacional. O número saltou de 106.857 em 2023 para 139.799 em 2024. De acordo com o coordenador do observatório, o aumento dessa população pode ser atribuído ao fortalecimento do CadÚnico como principal registro da situação, bem como à falta de políticas públicas estruturantes voltadas para essa população.
O levantamento revelou que a maioria das pessoas em situação de rua não concluiu o ensino fundamental e 11% são analfabetas, o que dificulta o acesso a oportunidades de trabalho. O Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo ressaltou a disparidade entre o número de imóveis vazios na cidade e a quantidade de pessoas nessa situação, apontando a falta de interesse político em resolver o problema.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades e gestores públicos busquem soluções efetivas para garantir dignidade e moradia adequada a essas pessoas em situação de vulnerabilidade. É necessário investir em políticas públicas que promovam a inclusão social e o acesso a direitos básicos, visando a redução do número de indivíduos vivendo nas ruas e a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos.