De acordo com informações da SuperVia, o reajuste foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp). O aumento de 7,04% foi calculado com base na inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), apurado pela Fundação Getulio Vargas, como previsto no contrato de concessão.
A SuperVia justifica o reajuste afirmando que os custos fixos com a operação foram fortemente impactados pela inflação, incluindo despesas com energia, manutenção dos trens e das vias férreas, aquisição de peças e equipamentos importados, entre outros. A empresa também ressaltou que o sistema de trens urbanos no estado do Rio transporta cerca de 300 mil passageiros por dia, abrangendo 12 municípios da região metropolitana.
É importante ressaltar que a SuperVia entrou em recuperação judicial em 2021, alegando prejuízos que chegam a R$ 1,2 bilhão, causados principalmente pela pandemia de covid-19, congelamento de tarifas e questões de segurança pública, como o furto de cabos na malha férrea. Diante desse cenário, o consórcio de empresas japonesas que controlam a SuperVia ameaçou devolver a operação dos trens urbanos algumas vezes, mas um acordo foi feito com o governo estadual para garantir a continuidade do serviço. Estão previstos investimentos de R$ 450 milhões, com a participação do estado e da concessionária.
Além do aumento na tarifa dos trens, a prefeitura da capital também publicou um decreto que estabelece o aumento na passagem de ônibus, de R$ 4,30 para R$ 4,70, a partir do próximo domingo (5). O reajuste é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e representa a correção monetária dos últimos dois anos sem reajuste na tarifa.