Segundo o Comando do 4º Distrito Naval, a interrupção dos trabalhos foi necessária devido à abertura das comportas da usina hidrelétrica operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). A decisão foi motivada pelo aumento da incidência de chuvas na região, exigindo a ampliação do volume de vazão do reservatório para a regularização do volume represado.
Anteriormente, a vazão da hidrelétrica havia sido reduzida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para possibilitar as buscas de forma segura, mantendo o armazenamento de água em condições estáveis. Os esforços na quarta-feira (1º) foram direcionados para o resgate de uma picape modelo S-10, encontrada submersa a 42 metros de profundidade, sem a presença de vítimas.
Até o momento, o trágico acidente resultou em 12 mortes confirmadas e cinco pessoas ainda desaparecidas. A sala de crise instaurada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) está monitorando a qualidade da água do Rio Tocantins, sem constatar alterações significativas após o desabamento da ponte.
As Superintendências Regionais da Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins estão conduzindo as investigações para apurar as responsabilidades relacionadas à queda da estrutura. O Ministério dos Transportes anunciou a contratação emergencial do Consórcio Penedo-Neópolis para a reconstrução da ponte, com investimento estimado em R$171 milhões e previsão de conclusão até dezembro de 2025.
A nova ponte contará com melhorias como acostamento, passeio e ciclovia, sendo 7 metros mais larga que a anterior. O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Fabrício Galvão, enfatizou a importância da reconstrução para a conectividade e segurança dos cidadãos das regiões afetadas pelo desabamento.