Essa constatação, divulgada na revista internacional Nature Medicine, destaca o papel do programa Bolsa Família na melhoria das condições de vida e alimentação dos beneficiários, o que pode ter contribuído para a sobrevivência daqueles com a doença. Segundo Gabriela Jesus, coautora do estudo, o programa melhora o acesso à alimentação de qualidade, reduzindo a insegurança alimentar e fortalecendo as defesas imunológicas das pessoas, o que é crucial na prevenção da tuberculose. Além disso, o Bolsa Família também reduz as barreiras de acesso à assistência médica e ao diagnóstico da doença.
O Bolsa Família é reconhecido por seu papel na redução das desigualdades sociais e econômicas, ao transferir recursos para as famílias mais pobres que cumprem determinadas exigências, como garantir a frequência escolar dos filhos e os cuidados com a saúde. Agora, o estudo evidencia que o programa também está contribuindo para a melhoria das condições de saúde das famílias beneficiadas.
Os pesquisadores analisaram dados socioeconômicos, condições étnicas e compararam os índices de incidência, mortalidade e letalidade da tuberculose entre os beneficiários do Bolsa Família e aqueles que não recebiam o benefício. Essas descobertas podem influenciar políticas públicas de combate à pobreza e transferência de renda em países com altas taxas da doença, servindo como referência para a implementação de medidas eficazes no enfrentamento da tuberculose e na promoção da saúde das populações mais vulneráveis.