Os cinco estados mais atingidos foram o Pará, Mato Grosso, Amazonas, Maranhão e Tocantins, que juntos concentraram a maior parte dos focos. A expansão agrícola, principalmente para plantações de soja e pastagens, juntamente com práticas ilegais como grilagem e garimpo, são apontadas como fatores que contribuíram para o aumento dos incêndios nessas regiões.
Uma das novidades identificadas em 2024 foi o aumento de queimadas em áreas sem Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a participação de grandes propriedades no total de registros. Essa situação motivou uma ação mais acelerada por parte dos governos, resultando no estabelecimento da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que visa fortalecer a coordenação entre União, estados, municípios e outras entidades.
Além disso, foram destinados recursos significativos para o combate aos incêndios, como os R$ 280 milhões do Fundo Amazônia e cerca de R$ 650 milhões do Orçamento federal. O objetivo é evitar um novo recorde de focos, visto que desde 2010 não se via uma quantidade tão alta de incêndios como em 2024.
Diante desse panorama preocupante, especialistas alertam para a necessidade de um planejamento mais eficiente e ações coordenadas entre os diversos setores da sociedade. Mudanças climáticas e condições adversas têm contribuído para a escalada dos incêndios, exigindo medidas urgentes e uma revisão na forma de ocupação e uso da terra. Todo esforço conjunto é fundamental para preservar nossas áreas naturais e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.