Com a chegada da COP30, Belém está passando por diversas mudanças em sua estrutura urbana e hoteleira. O governo federal, em parceria com a prefeitura e o governo do estado do Pará, está investindo em mais de 30 obras estruturantes para preparar a cidade para receber mais de 60 mil pessoas, entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, ativistas, jornalistas e delegações de 193 países.
Um dos setores que mais está se adaptando para atender a demanda gerada pela conferência é o hoteleiro. Atualmente, Belém conta com cerca de 18 mil leitos de hotel e espera chegar na COP30 com um número entre 45 mil e 50 mil, considerando que uma cama de casal conta como dois leitos. Para alcançar essa meta, a cidade está investindo na construção de novos hotéis, reformas em estabelecimentos já existentes e até mesmo na parceria com plataformas como Airbnb e Booking para aumentar a oferta de quartos disponíveis.
Além dos hotéis convencionais, Belém também está buscando alternativas como transformar escolas públicas em hostels temporários e até mesmo utilizar transatlânticos como hotéis flutuantes. Toda essa movimentação está gerando impactos positivos na economia local, com a estimativa de uma contratação de 40% a mais de trabalhadores no setor hoteleiro.
A realização da COP30 também está deixando um legado urbanístico para Belém, com investimentos em infraestrutura urbana, segurança, sustentabilidade, transporte e mobilidade. O governo federal destinou recursos para a construção de novos viadutos, ampliação de vias e reformas na rede hoteleira visando melhorar a qualidade dos serviços prestados.
No entanto, apesar dos investimentos e melhorias realizados na cidade, especialistas apontam a necessidade de um olhar mais crítico sobre o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental. A COP30 será uma oportunidade para Belém mostrar seu potencial e sua importância no cenário internacional, mas também exigirá um compromisso maior com a sustentabilidade e a justiça climática. A cidade caminha para um futuro de grandes transformações, mas é fundamental garantir que essas mudanças beneficiem toda a população e não apenas alguns setores privilegiados.
