As cidades fluminenses enfrentam a concorrência de São Paulo na disputa para representar o Brasil no evento pan-americano. Até o próximo dia 16, as propostas de candidatura serão enviadas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), destacando os benefícios das duas localidades e os possíveis legados, como os investimentos em infraestrutura, incluindo a expansão do metrô.
A decisão sobre o representante brasileiro será tomada em uma assembleia do COB em 29 de janeiro, seguida pela submissão da candidatura à Comissão Desportiva Pan-Americana. O principal concorrente nacional é a cidade de Assunção, no Paraguai. A definição da sede dos Jogos Pan e Parapan de 2031 será anunciada pela Panam em agosto.
Diante do desafio, a prefeitura do Rio já iniciou um grupo de trabalho para desenvolver propostas que atendam aos requisitos das entidades esportivas. O secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder, afirmou que os jogos olímpicos de 2016 elevaram a cidade a um novo patamar para receber eventos de grande porte, mas ainda há melhorias a serem realizadas.
Schleder ressaltou a importância de deixar um legado consistente com grandes obras, como a Linha 3 do metrô, capaz de atender as necessidades de Rio e Niterói, as possíveis sedes dos jogos. O projeto, que remonta à década de 1970, passando por um túnel submarino na Baía de Guanabara, foi alvo de uma licitação anulada no ano passado pelo Tribunal de Contas Estadual.
Com uma rede de metrô atualmente limitada à capital, com 54,5 quilômetros e 41 estações, a expansão para Niterói seria um avanço significativo, especialmente considerando a demanda diária de 650 mil passageiros e o potencial turístico que eventos esportivos internacionais trazem para a região. A oportunidade de sediar grandes competições é vista como estratégica para impulsionar a economia local e consolidar o Rio de Janeiro como um destino privilegiado para eventos de diversas proporções.