ALAGOAS – Governo oficializa encenação da última execução por pena de morte no Brasil no Calendário de Eventos Oficiais de Alagoas

No último dia 28 de abril, o município de Pilar, localizado em Alagoas, ganhou destaque ao ter a encenação da última execução por pena de morte no Brasil incluída no Calendário Turístico e de Eventos Oficiais do Estado. A cerimônia, que ocorreu em 1855, foi um marco histórico-cultural para a região e agora será celebrada anualmente, atraindo visitantes e fomentando o turismo cultural em Alagoas.

A Lei nº 9.416, promulgada pelo Governo de Alagoas em 29 de novembro de 2024, oficializou a inclusão do evento no calendário, com o intuito de preservar a memória histórica e promover reflexões sobre os valores éticos e jurídicos relacionados à pena de morte no Brasil. A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, ressaltou a importância da iniciativa para fortalecer a memória histórica e o turismo cultural no estado.

A última execução por pena de morte em Pilar foi de um escravo chamado Francisco, condenado por matar um dos homens mais respeitados da cidade e sua esposa. Baseado em uma lei de 1835, que visava punir escravos que cometessem crimes contra seus senhores, Francisco foi enforcado publicamente como exemplo. Esse episódio marcou o fim das execuções de pena de morte para crimes civis em tempos de paz no Brasil.

Com a Constituição de 1988, a prática da pena de morte foi definitivamente proibida no país, exceto para crimes militares em tempos de guerra. A encenação anual em Pilar mantém viva a memória desse evento histórico, que contribui para a preservação da cultura local e estimula o debate sobre questões éticas e jurídicas. Como parte do calendário de eventos oficiais, a cerimônia é agora um importante patrimônio cultural do estado de Alagoas.

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