Dentre os condenados, 225 tiveram seus crimes classificados como graves, recebendo penas que variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão. No total, 898 réus foram responsabilizados, sendo que 527 deles optaram por fazer acordos com o Ministério Público Federal (MPF) em relação a ações mais leves.
De acordo com o relatório do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados ao caso, 122 pessoas estão atualmente foragidas. Para 61 delas, foram adotadas medidas para o pedido de extradição em outros países, uma vez que romperam a tornozeleira eletrônica e deixaram o Brasil. Após a extradição, essas pessoas deverão cumprir suas penas em regime fechado.
As condenações ocorreram por cinco tipos de crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público. Além disso, 146 pessoas foram condenadas por crimes mais simples, como incitação e associação criminosa, e devem cumprir medidas como uso de tornozeleira eletrônica, pagamento de multa, prestação de serviços à comunidade e participação em curso sobre democracia.
Os envolvidos que optaram por acordos com o MPF pagaram multas que totalizaram R$ 1,7 milhão. Além disso, estão obrigados a prestar serviço comunitário, não manter perfis em redes sociais abertas durante a vigência do acordo e frequentar um curso sobre o funcionamento da democracia oferecido pelo MPF.
Até o momento, cinco pessoas foram absolvidas das acusações relacionadas aos ataques golpistas. A situação continua sendo acompanhada de perto pelo STF e pelo Ministério Público Federal, visando garantir a justiça e a punição adequada dos envolvidos.