No contexto nacional, o Brasil atingiu um recorde de 7 milhões de empresas inadimplentes em outubro, representando 32,3% de todas as empresas ativas. O montante das dívidas acumuladas chegou a R$ 156,1 bilhões, com uma média de 7,4 contas negativadas por CNPJ no período.
O economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, aponta que a elevação das taxas de juros tem sido crucial para o aumento da inadimplência. O aumento do custo do crédito dificulta o acesso das empresas a financiamentos, afetando seu fluxo de caixa e capacidade de cumprir obrigações financeiras. Além disso, os consumidores também sofrem com custos mais altos, o que impacta a demanda por produtos e serviços e, consequentemente, as receitas das empresas.
O setor de serviços é o mais atingido pela inadimplência, com 56,2% das empresas nessa situação, seguido pelo comércio (35,4%) e indústrias (7,3%). As empresas de serviços também lideram a origem das dívidas, com 31,0%, seguidas pelos bancos e cartões, com 21,1%.
Entre as empresas negativadas, 6,5 milhões são micro e pequenas empresas, que somam 46,5 milhões de dívidas e enfrentam uma média de 7,1 contas em atraso. Esses números evidenciam a pressão financeira enfrentada por esse segmento.
Além de Alagoas e Maranhão, o Amapá também se destaca com a terceira maior taxa de inadimplência (40,8%), reforçando as dificuldades econômicas enfrentadas pelas regiões Norte e Nordeste do país.