A Meta anunciou recentemente o fim do programa de checagem de fatos, que verifica a veracidade das informações nas redes sociais, além de eliminar restrições relacionadas a temas como migração e gênero, e promover conteúdo político-ideológico sob o nome de “conteúdo cívico”. Essas medidas são vistas pela Coalizão como uma ameaça à segurança e inclusão no ambiente online.
O texto, assinado por mais de 75 entidades, incluindo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD), destaca a preocupação com a falta de moderação de conteúdo, que pode facilitar práticas nocivas como discurso de ódio, desinformação e violência online.
A Coalizão critica as novas políticas da Meta por ignorarem os impactos reais das práticas de violência online e abrirem espaço para a disseminação de conteúdos prejudiciais que minam os processos democráticos. Ao priorizar interesses corporativos em detrimento da segurança dos usuários, a empresa é acusada de enfraquecer os esforços democráticos de nações em proteger suas populações dos danos causados pelas grandes empresas de tecnologia.
O anúncio da Meta é visto como representativo de um problema estrutural, relacionado à concentração de poder nas mãos de corporações que atuam como árbitros do espaço público digital. Para a Coalizão, as mudanças nas políticas de moderação representam um retrocesso nas conquistas por uma internet segura e democrática, sendo fundamental a mobilização da sociedade civil para resistir a esses impactos negativos.