Segundo o texto atualizado no site da Meta para a língua inglesa dos EUA, insultos de caráter homofóbico, transfóbico, xenofóbico e misógino passam a ser permitidos em determinados contextos, como fim de relacionamentos. Além disso, a empresa autorizou associar a homossexualidade e transsexualidade a doenças mentais, o que gerou críticas por parte de ativistas e especialistas.
A fundadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), Ana Regina Rego, manifestou grande preocupação com as mudanças na política da Meta, classificando-as como um retrocesso no combate ao discurso de ódio nas redes sociais. Para a professora de comunicação da Universidade Federal do Piauí, a violência digital pode se converter em violência física e as novas diretrizes da empresa colaboram para esse cenário negativo.
Além disso, a Meta passou a permitir conteúdos que defendem limitações de gênero em empregos militares, policiais e de ensino, bem como discursos contrários à participação feminina em determinados setores. Por outro lado, a empresa informou que continuará removendo discursos desumanizantes, alegações de imoralidade grave ou criminalidade e calúnias, conforme suas diretrizes.
O diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, justificou as mudanças nas políticas da empresa como uma decisão para eliminar restrições existentes sobre temas sensíveis, como imigração e identidade de gênero. Segundo Kaplan, as novas diretrizes podem levar algumas semanas para serem totalmente implementadas e visam proporcionar mais liberdade de expressão aos usuários das plataformas controladas pela Meta.