A ação policial, nomeada de Operação Torniquete, tinha como objetivo combater o roubo e a receptação de cargas, minando o financiamento das facções criminosas. Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo e quantidades variadas de drogas ilícitas. Um criminoso alvo de mandado de prisão foi detido, e dois funcionários terceirizados que prestavam serviços para a Fiocruz foram presos em flagrante.
A operação foi criticada pela própria Fiocruz, que lamentou a entrada dos policiais desautorizados e sem comunicação prévia em suas instalações. Durante o cerco, uma bala atingiu o vidro de uma das paredes do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, deixando uma funcionária ferida por estilhaços. Além disso, um supervisor da empresa de vigilância foi detido sob a acusação de colaboração com criminosos em fuga.
O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc) também manifestou repúdio à operação policial, destacando a ameaça à integridade física e emocional das pessoas presentes na instituição, incluindo pacientes em busca de atendimento, crianças participantes de uma colônia de férias e idosos. A entidade considerou inaceitável a realização de operações que colocam em risco a vida de todos os presentes na instituição.
Até o momento, a Polícia Civil não divulgou maiores detalhes sobre a continuidade das investigações e a situação dos envolvidos na operação. A Fiocruz aguarda esclarecimentos sobre o ocorrido e espera que medidas sejam tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro. A comunidade local também demonstrou indignação diante dos acontecimentos e cobra providências das autoridades responsáveis.