As mudanças nas políticas de moderação de conteúdo da Meta foram divulgadas pelo proprietário, Mark Zuckerberg, na última terça-feira. Entre as alterações, destacam-se o fim do programa de verificação de fatos, a flexibilização de restrições em temas como migração e gênero, e a promoção de conteúdo político-ideológico. O anúncio gerou diversas críticas, incluindo a do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira, que apontou possíveis prejuízos à democracia.
O governo brasileiro expressou preocupação com as implicações das novas diretrizes da Meta. Segundo o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, a postura da empresa desconsidera a soberania dos países em relação ao ambiente digital. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a Corte não permitirá que as grandes empresas de tecnologia sejam usadas para disseminar discursos de ódio e antidemocráticos.
A atitude da Meta em relação à moderação de conteúdo das redes sociais despertou preocupação nos âmbitos político e jurídico no Brasil. A expectativa é de que as novas diretrizes sejam expandidas para outros países, o que reforça a necessidade de um debate amplo e aprofundado sobre a regulação do ambiente digital. O posicionamento firme das autoridades brasileiras demonstra a importância de garantir que as grandes corporações de tecnologia atuem de forma responsável e respeitando as leis de cada país em que estão presentes.