De acordo com o Comando Com Venezuela, coalizão que coordenou a campanha do candidato opositor Edmundo González Urrutia, indicado por Corina para disputar a eleição contra Maduro, a ex-deputada teria sido violentamente interceptada na saída de um protesto da oposição, com efetivos do regime disparando contra as motos que a transportavam.
No entanto, a Agência Venezuelana de Notícias, veículo estatal de informação, negou a prisão de María Corina Machado, publicando uma foto em que a opositora conversava com um policial. Além disso, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, divulgou um vídeo em que Corina afirmava estar segura e bem, desmentindo assim os relatos sobre sua detenção.
Posteriormente, o Comando Com Venezuela emitiu uma nova comunicação, informando que Corina foi obrigada a gravar vídeos e depois liberada, descrevendo o incidente como um sequestro. A ex-deputada também se manifestou em suas redes sociais, agradecendo o apoio dos manifestantes e reiterando que foi detida temporariamente.
Para contradizer os protestos da oposição, as forças chavistas realizaram uma marcha em Caracas em apoio a Nicolás Maduro. O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, reforçou a informação oficial de que não houve qualquer detenção de María Corina Machado, afirmando que ela estava em casa o tempo todo.
Dessa forma, a controvérsia em torno da suposta prisão da líder opositora venezuelana revela as tensões políticas no país e a polarização existente entre o governo de Maduro e a oposição. A disseminação de informações contraditórias evidencia a complexidade da situação política na Venezuela e a luta constante pelo controle do poder.