O dólar comercial encerrou esta sexta-feira sendo vendido a R$ 6,102, com uma alta de R$ 0,061, o que representa um aumento de 1%. A cotação chegou a começar o dia em baixa, porém, disparou após a divulgação da informação de que a economia norte-americana havia criado mais empregos do que o esperado.
Apesar do aumento desta sexta-feira, a moeda norte-americana encerrou a semana com uma queda de 1,29%. Nos últimos dias, o dólar tinha apresentado uma queda após a indicação de que o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá suavizar a elevação das tarifas sobre produtos importados. Além disso, a semana foi marcada por negociações abaixo da média e poucas notícias econômicas no Brasil.
A bolsa de valores também enfrentou um dia conturbado, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em 118.856 pontos, o menor nível desde 3 de janeiro, com uma queda de 0,77%. No cenário interno, a divulgação de que a inflação oficial, medida pelo IPCA em 2024, atingiu 4,83%, acima do teto da meta de 4,5%, não teve impacto significativo nas negociações.
O principal motivo que pressionou o dólar e a bolsa nesta sexta-feira foi a divulgação de que a economia dos Estados Unidos criou 256 mil empregos fora do setor agrícola em dezembro, superando as expectativas e diminuindo a possibilidade de o Federal Reserve cortar os juros básicos nos Estados Unidos no primeiro semestre.
Essas taxas mais altas em economias mais desenvolvidas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, já que os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo, apresentam uma alta com a expectativa de uma redução mais lenta nas taxas de juros nos Estados Unidos.