O presidente estadual do Solidariedade, o advogado Adeilson Bezerra, que marcou presença no encontro, ressaltou que cerca de 90% das propriedades em questão pertencem a pequenos agricultores que herdaram a terra de seus antepassados ao longo de décadas. Ele enfatizou que a desocupação dessas terras poderá gerar conflitos na região e causar danos sociais e econômicos irreversíveis, uma vez que as terras são produtivas e fundamentais para a agricultura diversificada e a criação de animais.
Os agricultores presentes na reunião expressaram seu descontentamento e temor em relação à possibilidade de perderem suas casas, fonte de renda e subsistência. Muitos deles dependem da agricultura para sobreviver e garantir o sustento de suas famílias. O presidente da Associação Comunitária dos Produtores Rurais da Serra do Amaro, Antônio Marcos, ressaltou a importância da mobilização de todos os envolvidos, tanto de forma presencial quanto virtual, para buscar apoio das autoridades e da população.
A agricultora Helena Almeida, que reside no Sítio Amaro há mais de 50 anos, expressou sua angústia diante da ameaça de perder o meio de subsistência de sua família. Ela questionou para onde irão e como sobreviverão caso a homologação da área seja concretizada. A reunião também contou com a participação de lideranças locais, como a presidente da Associação da Serra da Boa Vista, Jacicleide dos Santos, e do vereador Lúcio Medeiros.
A preocupação com a situação dos pequenos agricultores de Palmeira dos Índios também chegou aos órgãos governamentais, como a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri). Adeilson Bezerra buscou apoio da secretária de estado, Aline Rodrigues, e do secretário executivo de Agricultura Familiar, Ronaldo Targino, para fortalecer a agricultura familiar na região e garantir o apoio necessário aos pequenos produtores. A mobilização e a busca por soluções para essa delicada questão continuam sendo pauta de discussão e ação entre os envolvidos.
