Os assentados foram surpreendidos por indivíduos armados, que chegaram de carro e moto, atirando indiscriminadamente. O resultado da violência foi a morte de Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, e Gleison Barbosa de Carvalho. Além disso, vários moradores do assentamento ficaram gravemente feridos e precisaram passar por cirurgias de urgência.
O MST manifestou sua indignação diante do ocorrido, apontando a falta de políticas públicas de segurança como fator que coloca a vida dos moradores de assentamentos em risco constante. O caso mobilizou as autoridades, com a Polícia Civil iniciando investigações para esclarecer os fatos. Um dos suspeitos foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
A repercussão do ataque também chegou ao cenário político, com parlamentares exigindo respostas do Poder Público e pedindo por justiça. A deputada federal Sâmia Bomfim, do Psol, cobrou uma investigação imediata e punição rigorosa para os responsáveis, enquanto o deputado Simão Pedro, do PT, atribuiu o atentado a organizações criminosas interessadas em dominar territórios de reforma agrária.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, classificou o ocorrido como um crime grave e solicitou providências das autoridades policiais. A deputada estadual Leci Brandão, do PCdoB, expressou revolta e tristeza diante do ataque, pedindo por justiça e destacando a importância da justiça social na atuação do Estado.
O episódio lamentável reforça a necessidade de garantir a segurança e proteção das comunidades rurais, evidenciando a vulnerabilidade das populações que lutam por terra e moradia digna. A sociedade civil e as autoridades precisam unir esforços para assegurar a integridade e os direitos dos trabalhadores do campo.