Localizado em Tremembé, no Vale do Paraíba, o assentamento foi alvo de um ataque armado na noite de sexta-feira (10). Segundo informações do MST, dois assentados foram mortos a tiros e outros seis ficaram feridos, alguns em estado grave. A situação causou comoção e preocupação, levando a ação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O ministro substituto, Manoel Carlos de Almeida Neto, enviou um ofício à Polícia Federal solicitando a abertura do inquérito e a apuração dos fatos. Uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista, foi deslocada para Tremembé para iniciar as investigações.
De acordo com relatos do MST, os agressores, ainda não identificados, invadiram o assentamento em vários carros e motos, atirando contra as famílias de agricultores enquanto dormiam. O resultado foi a morte de duas pessoas, incluindo uma liderança do assentamento, e vários feridos que foram encaminhados para unidades de saúde da região.
Diante da gravidade do ocorrido, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou que irá oferecer assistência e proteção às lideranças e moradores do Assentamento Olga Benário. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar repudiou o atentado e manifestou solidariedade às famílias das vítimas.
Além disso, entidades como a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, o Conselho Nacional de Direitos Humanos e o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo também se pronunciaram, repudiando o violento atentado e oferecendo apoio às famílias atingidas.
A recorrência de ataques como esse, motivados por conflitos agrários e questões ambientais, foi destacada pelas entidades, que se comprometeram a acompanhar de perto o desenrolar das investigações para garantir a punição dos responsáveis. A situação gerou reações de políticos e parlamentares, que cobraram uma apuração rigorosa e medidas para evitar novos episódios de violência no campo.
Diante de um cenário de incerteza e insegurança, a sociedade aguarda por respostas concretas e ações efetivas para garantir a segurança e a proteção dos trabalhadores rurais e das famílias que residem em assentamentos como o Olga Benário.