BRASIL – Nasce primeira arara-azul-de-lear no Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre em São Paulo, impulsionando a preservação da espécie ameaçada.

No interior de São Paulo, nasceu o primeiro filhote de arara-azul-de-lear no Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (Cecfau), gerenciado pelo estado. O nascimento do filhote, ocorrido no dia 3 de janeiro, é um marco para a conservação da espécie que está ameaçada de extinção. Com a chegada desse novo integrante, o Cecfau agora abriga 15 araras-azuis-de-lear, sendo considerado um importante local para a maternidade de animais ameaçados.

A bióloga Giannina Piatto Clerici, gestora do Cecfau, destacou a importância do trabalho realizado no núcleo, que tem como objetivo principal aumentar a população da espécie e preparar os animais para serem reintroduzidos na natureza. O filhote está sendo cuidado por profissionais e está sob cuidados especiais em um berçário.

Os pais da arara recém-nascida, Maria Eduarda e Dumont, foram resgatados pela equipe do Cecfau após serem vítimas do tráfico de animais. Eles continuarão sob cuidados no núcleo, enquanto a nova filhote poderá ter a chance de ser solta na natureza após aprender a voar e se alimentar sozinha.

A bióloga explicou que a decisão de soltar a arara na natureza será avaliada quando o animal atingir cerca de um ano de idade. Diversos fatores serão levados em consideração, como a capacidade de voar, o comportamento da ave e a habilidade de se alimentar de forma independente. Caso o animal não esteja pronto para ser solto, ele continuará sob cuidados no Cecfau ou em outra instituição de conservação de fauna.

Atualmente, o Cecfau já contabiliza o nascimento de 26 filhotes da arara-azul-de-lear desde 2019, dos quais 10 foram enviados para soltura na região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia. O núcleo faz parte do Programa de Manejo Populacional da Arara-azul-de-lear desde sua criação em 2015, com o objetivo de contribuir para a conservação da espécie ameaçada.

Os pesquisadores do Cecfau são referência na reprodução e conservação de espécies ameaçadas de extinção fora do habitat natural. O trabalho realizado no núcleo é fundamental para evitar a extinção de animais e garantir a possibilidade de reintrodução na natureza quando viável.

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