BRASIL – Criminosos incendeiam ônibus e veículos em Porto Velho, suspendendo transporte público por tempo indeterminado, mesmo com reforço policial.

Na madrugada desta quarta-feira (14), a cidade de Porto Velho (RO) foi palco de mais uma onda de ataques criminosos, que resultaram na queima de ônibus, veículos particulares e até mesmo de uma viatura da Polícia Militar. A ação dos bandidos levou os trabalhadores das empresas de transporte público a decidirem pela suspensão dos serviços por tempo indeterminado, deixando a população sem ônibus pelo segundo dia consecutivo.

De acordo com informações da Polícia Militar, os criminosos atearam fogo em, no mínimo, seis ônibus que estavam estacionados na garagem de uma empresa na capital de Rondônia, além de incendiarem outros cinco veículos utilizados para transportar estudantes no distrito de Jaci-Paraná. A violência dos ataques não se limitou apenas aos coletivos, atingindo também uma viatura da PM em uma oficina mecânica e um carro particular em outro ponto da cidade.

A situação de caos e insegurança vivida pelos moradores de Porto Velho motivou o governo estadual a reforçar o policiamento nas ruas e a receber a Força Nacional de Segurança Pública, autorizada pelo governo federal a colaborar com as forças de segurança estaduais no combate aos ataques criminosos. No entanto, mesmo com essas medidas, a população segue sem ônibus, pois os trabalhadores das empresas de transporte urbano temem pela própria segurança.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Estado de Rondônia (Sitetuper), Francinei Oliveira, afirmou em entrevista que a suspensão dos serviços é uma medida necessária para garantir a integridade física dos trabalhadores e dos usuários do transporte público. Oliveira também destacou que, mesmo com a intenção de colocar parte da frota para rodar, novos ataques impossibilitaram a retomada parcial dos serviços.

Enquanto a prefeitura de Porto Velho permanece com o transporte coletivo paralisado, o prefeito Léo Moraes solicitou, em ofício enviado ao governador de Rondônia, Marcos Rocha, e ao secretário estadual de Segurança, Defesa e Cidadania, a adoção de medidas urgentes para garantir a segurança da população e dos trabalhadores das empresas de transporte coletivo. A situação de tensão na cidade é resultado da operação policial contra facções criminosas que atuam nos conjuntos habitacionais do estado, desencadeando uma onda de violência e represália por parte dos criminosos.

Diante desse cenário de insegurança e instabilidade, a população de Porto Velho aguarda por uma resposta das autoridades e por soluções efetivas que garantam a retomada segura dos serviços de transporte público e a proteção dos cidadãos. A violência dos ataques evidencia a necessidade de ações integradas entre os poderes públicos para conter as ações criminosas e restabelecer a ordem na capital de Rondônia.

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