Essa melhora no resultado foi recebida de forma positiva pelo mercado, que esperava um déficit de R$ 10,4 bilhões para o mês de novembro. A expectativa era baseada na pesquisa Prisma Fiscal, divulgada mensalmente pelo Ministério da Fazenda. As contas do Governo Central foram divulgadas com um pequeno atraso devido à demora da Receita Federal em repassar os dados de arrecadação do mês.
Com o resultado de novembro, o déficit acumulado em 2024 ficou em R$ 66,827 bilhões, representando uma queda de 42,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses números refletem a diferença entre as receitas e os gastos, sem considerar o pagamento dos juros da dívida pública.
A meta estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 é de déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. No entanto, o resultado atual está dentro da margem estabelecida, com um déficit de até R$ 28,75 bilhões.
As receitas foram impulsionadas pelo aumento da arrecadação federal em novembro, sendo a segunda maior para o mês. Destacam-se o crescimento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Imposto de Importação, impulsionados pelo crescimento econômico e a alta do dólar.
Por outro lado, os gastos tiveram uma redução significativa devido à ausência de algumas despesas realizadas no ano anterior. O auxílio concedido aos estados e municípios foi um dos fatores que impactaram negativamente, enquanto os gastos com Previdência Social e Benefício de Prestação Continuada (BPC) tiveram aumento devido ao aumento de beneficiários e à política de valorização do salário-mínimo.
No geral, o cenário econômico demonstra uma melhora nas contas públicas, com esforços para reduzir o déficit e equilibrar as receitas e despesas do Governo Central.