A resposta do Hamas foi motivada pelo compromisso de proteger o povo de Gaza dos constantes ataques sionistas e encerrar os massacres e a guerra genocida que assolam a região. O acordo de cessar-fogo, que ainda não foi formalmente anunciado, prevê uma fase inicial de seis semanas com a retirada gradual das tropas israelenses, libertação de reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos detidos por Israel.
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o acordo estava pendente da resposta do Hamas durante um evento no Atlantic Council nos Estados Unidos. Por outro lado, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, comemorou o acordo afirmando que foi resultado de sua eleição e prometeu continuar trabalhando com Israel e aliados para garantir a segurança na região.
Os Acordos de Abraão, assinados entre Israel e países árabes para normalizar as relações com Tel Aviv, são apontados como um dos motivos que levaram ao conflito entre o Hamas e Israel em outubro de 2023. Esse conflito marcou o início de uma nova fase no longo histórico de confronto entre israelenses e palestinos, que remonta a 1948.
A última fase do acordo de cessar-fogo envolve a discussão de um novo governo em Gaza e planos para reconstruir a região. Parte do governo de Israel tem se mostrado contrário ao acordo, com o ministro da Segurança Nacional do país, Itamar Bem-Gvir, classificando o acordo como “terrível” e pedindo apoio para evitá-lo.
Em resumo, o anúncio do Hamas de aceitar o cessar-fogo com Israel representa um passo importante rumo à estabilidade na região, mas os desafios políticos e a resistência interna em ambos os lados podem dificultar a efetivação do acordo e a longo prazo a paz entre israelenses e palestinos.