BRASIL – Receita Federal revoga monitoramento do Pix para bancos digitais e lança medida provisória para impedir cobrança diferenciada em transações.

Recentemente, a Receita Federal revogou o ato normativo que estendia o monitoramento das transações do Pix aos bancos digitais, fintechs e instituições de pagamento. Essa decisão veio após uma intensa onda de fake news que cercava a modernização da fiscalização do Pix. Em substituição, o governo planeja editar uma medida provisória para proibir a cobrança diferenciada por transações feitas em Pix e em dinheiro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, anunciaram que a MP também garantirá princípios essenciais nas transações via Pix, como o sigilo bancário, a não cobrança de impostos nas transferências por essa modalidade e a gratuidade do Pix para pessoas físicas. De acordo com Barreirinhas, a revogação do ato normativo tem o intuito de evitar que criminosos se utilizem desse mecanismo de fiscalização de forma inescrupulosa.

Com a implementação da medida provisória, nenhum estabelecimento comercial poderá cobrar preços distintos entre pagamentos realizados via Pix e em dinheiro, prática que já vinha sendo observada nos últimos dias. Haddad destacou que essa medida visa acabar com a disseminação de fake news relativas à taxação do Pix, as quais têm se espalhado pelas redes sociais desde o início do ano.

O ministro enfatizou que a MP não está introduzindo princípios novos, mas sim reforçando aqueles já existentes em relação ao Pix. Ele ressaltou a importância de clarificar os pontos distorcidos por propagadores de fake news, com o objetivo de proteger a economia popular e equiparar o pagamento em Pix ao pagamento em dinheiro.

Haddad também refutou a ideia de que a revogação do ato normativo tenha sido uma derrota frente às fake news, assegurando que a intenção é evitar que o referido ato seja utilizado como argumento para não aprovar a MP. Ele ressaltou a importância de um debate sóbrio no Congresso Nacional sobre essa medida provisória.

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