O militar, que está sob custódia desde o dia 25 de dezembro, quando se entregou na Central de Flagrantes em Maceió e foi transferido para o Presídio Militar Major João Kyllderis Cardoso Moreira, é acusado de ter disparado dois tiros na cabeça da vítima, um na testa e outro na nuca, em um quarto de hotel. O relacionamento extraconjugal teria sido o motivo do brutal assassinato, que teria ocorrido durante uma discussão motivada por ciúmes.
Inicialmente, o suspeito teria tentado alegar que a morte de Solange foi um suicídio, porém as investigações mostraram evidências que contradiziam essa versão, resultando na emissão de um mandado de prisão contra ele. O laudo do Instituto de Criminalística descartou a hipótese de suicídio ou acidente, apontando que a morte foi provocada por ação perfurocontundente, ou seja, um tiro de arma de fogo.
O promotor Márcio Dória enfatizou a importância do laudo oficial da Polícia Científica, que confirma o feminicídio e fortalece a denúncia do Ministério Público. A acusação pede a condenação do acusado pelo crime de feminicídio, com uma possível pena de até 40 anos de prisão, além de uma indenização mínima de 100 salários mínimos para a família da vítima.
A triste história de Solange Silva serviu como alerta para a gravidade da violência contra a mulher e reforça a importância da atuação do MPAL na busca por justiça. O desfecho desse caso chocante reforça a necessidade de combater e prevenir o feminicídio, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres.