ATIVISMO – Petistas históricos defendem candidatura de Roberval Tenório à presidência do PT de Maceió

Circula nos bastidores da comunidade petista de Maceió, entre militantes históricos e novos, o nome do radialista Roberval Tenório para a presidência do PT da capital. Roberval é empresário no ramo de eventos e serviços, formado em Turismo e Hotelaria pelo Instituto Federal de Alagoas. Ele já foi presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas, secretário de Finanças da CUT/AL e candidato a vereador pelo PT na década de 1990.

Entre as lideranças que defendem a candidatura de Tenório está o atual presidente do PT Maceió, Marcelo Nascimento. Para Nascimento, “a candidatura de Roberval representa a conexão entre o partido e os movimentos sociais, já que ele é oriundo e tem trânsito no movimento sindical e popular. É um militante qualificado, com vasta experiência de atuação no PT e no Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que o credencia para essa missão partidária”, concluiu.

Outra apoiadora histórica é a professora Maria da Penha, ex-secretária de Formação do PT Alagoas. Segundo Penha, “o PT vive um momento paradoxal. É necessário que os novos dirigentes do partido tenham a capacidade de dialogar com a militância petista e, principalmente, com os beneficiários dos programas do governo Lula, promovendo uma consciência política protagonista de direitos”, finalizou.

A tendência partidária Movimenta PT, à qual Roberval pertence, já referendou seu apoio à candidatura e iniciou diálogos com outras forças políticas, como a Resistência Socialista (RS), a Articulação de Esquerda (AE) e a Democracia Socialista (DS).

Polêmica

O diretório estadual do PT (Partido dos Trabalhadores) em Alagoas tem sido alvo de questionamentos após a contratação de Guilherme Barbosa, filho do presidente da sigla no Estado, Ricardo Barbosa, para prestar serviços advocatícios durante as eleições. Segundo uma apuração do UOL, Guilherme recebeu um total de R$ 399 mil pelos serviços. Esse valor representa cerca de 40% do montante de R$ 1 milhão que o partido destinou ao pagamento de serviços na campanha.

A empresa individual de Guilherme Barbosa foi criada em julho de 2022, apenas alguns meses antes de começar a receber recursos do partido. Ainda em 2022, a empresa já havia faturado R$ 10 mil do diretório estadual do PT, além de outros R$ 115 mil provenientes de candidatos petistas. A proximidade familiar e o volume de recursos recebidos levantaram suspeitas sobre a transparência na gestão dos recursos partidários.

A controvérsia ganhou destaque devido à destinação de um montante significativo para um prestador diretamente relacionado ao presidente do diretório estadual, o que gerou críticas sobre possível favorecimento. A situação coloca em xeque a ética na administração de verbas públicas e partidárias, especialmente em um contexto em que o PT tem defendido maior rigor e transparência no uso de recursos políticos.

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